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3 de mai. de 2009

IRÃ - Homicício "Legal"

A Anistia Internacional disse que a jovem iraniana, Delara Darabi, de 23 anos de idade, não teve um julgamento justo. Ela foi executada na prisão de Rasht (Irã) no dia 01 de maio.
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Ninguém esperava, pois a pena capital, segundo noticiaram as autoridades iranianas, estava suspensa por dois meses: a execução marcada para 20 de abril passado havia sido suspensa em razão de pressões internacionais e possibilidade de acordo indenizatório com familiares da vítima (forma de extinção da pena de morte).
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A filha da vítima, Hayedeh Amir-Eftekhari, negou-se a perdoar Delara Darabi: a vítima tinha cinco filhas e Hayedeh era a única a não aceitar trocar a pena capital por sanção indenizatória.
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Segundo a Anistia Internacional, o Irã e seus tribunais, não aceitaram novas provas no processo, e também não avisaram o advogado da pintora sobre sua execução.
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Delara foi acusada de homicídio em 2003. Ela e o namorado entraram na casa de um parente dela para roubar, durante o roubo um homem foi morto. Delara assumiu a culpa para que seu namorado não fosse executado, ela havia sido informada que por ser menor de idade não seria condenada a pena capital. Delara tinha 17 anos na época. Depois de ser condenada, a jovem declarou-se inocente, inclusive com provas periciais indicando sua inocência.
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Delara ficou conhecida no mundo pelos desenhos e pinturas dramáticos realizados durante os cinco anos de cativeiro.
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A Anistia recorda que o Irã é Estado participante do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e da Convenção sobre os Direitos da Criança, que proíbem a pena de morte por delitos cometidos na menor idade.
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No Irã, pelo menos 42 pessoas foram executadas desde 1990, apesar de serem menores de idade.
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Darabi é a segunda mulher injustiçada este ano no Irã, onde ja foram registradas 140 execuções nos primeiros quatro meses de 2009. Segundo informações que dispõe a Anistia, pelo menos outras oito mulheres estão para ser executadas nas prisões iranianas.

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