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26 de mai. de 2014

Obsolescência programada - Coisa do mundo moderno

Termo desconhecido de muitos, "OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA", eu próprio o desconhecia até hoje, minha panificadora deixou de funcionar e a notícia do técnico não foi das melhores:
                       
_Compre uma nova! Sai mais barato.

Um pequeno aquecedor (Duracraft) quebrou o cabo de alimentação, tentei consertar mas fiquei frustrado pois não tinha uma chave para tirar um parafuso que não aceitou chave philips ou fenda (foto). Que diabo é isto? 

Fui pesquisar e encontrei uma matéria do Grupo Abril, que falava sobre a estratégia das empresas que produzem produtos com vida útil programada. 

"Os casos mais comuns de obsolescência programada ocorrem com eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis. É algo relativamente novo: até a década de 20, as empresas desenhavam seus produtos para que durassem o máximo possível. A crise econômica de 1929 e a explosão do consumo em massa nos anos 50 mudaram a mentalidade e consagraram essa tática. É uma estratégia "secreta" dos fabricantes para estimular o consumo desenfreado.  

-VIDA BREVE Atualmente, a principal justificativa das empresas para criar novos modelos de um produto é o avanço da tecnologia. Mas há quem duvide dessa explicação. O iPad 4 foi lançado apenas sete meses após o 3, por exemplo. Será que houve mesmo tantos progressos em tão pouco tempo? Uma ONG brasileira ligada aos direitos do consumidor chegou a processar a Apple. 


-IMPACTO AMBIENTAL A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo. E o lixo eletrônico contém metais pesados que podem contaminar o ambiente. Além disso, a obsolescência programada estimula a produção, o que gera mais gastos de energia e de matérias-primas, além da emissão de poluentes. Antes de trocar seu celular, pense bem: você realmente precisa de outro, só porque é novo?


- NA PISTA PRA NEGÓCIO Hoje, há duas versões do fenômeno. Uma delas é a obsolescência percebida: o consumidor considera o produto que tem em casa "velho" porque novos modelos são lançados a toda hora. Você notou que, mesmo no início de 2013, já era possível comprar um carro versão 2014? Isso desvaloriza modelos anteriores e estimula a troca, mesmo que o veículo de 2013 ainda funcione bem. 


-UMA IDEIA "BRILHANTE" O primeiro caso de obsolescência programada registrado é da década de 1920, quando fabricantes de lâmpadas da Europa e dos EUA decidiram, em comum acordo, diminuir a durabilidade de seus produtos de 2,5 mil horas de uso para apenas mil. Assim, as pessoas seriam forçadas a comprar o triplo de quantidade de lâmpadas para suprir a mesma necessidade de luz. 


- CONTAGEM REGRESSIVA Outro tipo atual de obsolescência, a funcional, ocorre quando o produto tem sua vida útil abreviada de propósito. O documentário The Light Bulb Conspiracy traz o exemplo de um consumidor dos EUA cuja impressora parou de funcionar - e consertá-la sairia mais caro que comprar uma nova. Ele descobriu que o fabricante incluía um chip que causava a pane após certo número de impressões. 


-TEORIA DA CONSPIRAÇÃO? Para alguns, a obsolescência programada não existe. Alguns especialistas refutam a existência dessa prática. Para eles, os bens de consumo se tornam ultrapassados rapidamente pelo avanço da tecnologia - que dá saltos cada vez maiores. "Foi o caso dos primeiros computadores fabricados em grande escala. Os modelos 1.86 nem chegaram a existir, pois já estava em produção o modelo 2.86", afirma o doutor em marketing Marcos Cortez Campomar, da USP.


Mais esclarecedor ainda é um vídeo que, quem tiver tempo, deve assistir.

Sem dúvidas, alguma coisa deve estar conspirando para que minha panificadora, meu microondas, meu forno elétrico, minha secadora de roupas e meu aquecedor tenham parado de funcionar. Se não é coisa de bruxa, só pode ser coisa da "OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA".