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8 de mai. de 2009

Deputado Gaúcho está se lixando para imprensa, e a ética...

Depois de gerar polêmica com repercussão nacional ao dizer que estava se lixando para a opinião pública, o deputado Sérgio Moraes (PTB) voltou a acusar a imprensa e defender o colega Edmar Moreira, que ganhou notoriedade por ser dono de um castelo de R$ 25 milhões. À tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, afirmou:
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— A imprensa durante alguns meses vendeu para o país que o deputado Edmar Moreira havia comprado o castelo com dinheiro desviado aqui da casa. E, para a nossa surpresa, esse castelo existe há muitos anos, sr. Presidente, muito antes do deputado ser filiado a qualquer partido.
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Moraes é relator do processo (Agência Brasil) de cassação de Edmar, que é acusado de usar verba indenizatória em suas empresas de segurança e até agora tem dito que não há porque pedir a condenação do mineiro. No mesmo discurso mostrou novamente sua revolta contra a imprensa nacional.
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— E estou me lixando para o que escrevam em tantos outros jornais deste país, porque minha conduta política, de sete mandatos, não será desmanchada por um, dois ou três jornais que não pagam impostos, por redes (de TV) que usam o trabalho infantil nas telenovelas. Não têm moral para me puxar a orelha.
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Ao longo de 27 anos como vereador, deputado estadual e prefeito duas vezes de Santa Cruz do Sul, o deputado federal e relator do caso Edmar Moreira no Conselho de Ética, vem sendo alvo de investigações. Foi absolvido das acusações de prática de lenocínio (crime contra os costumes), receptação de joias roubadas e favorecimento de prostituição, além de crimes de responsabilidade como prefeito. Em 2004, quando era vereador, foi condenado a pagar R$ 3.500 por agredir e ferir o vereador e jornalista Irton Marx. No Supremo Tribunal Federal, onde tem foro privilegiado por ser parlamentar, tramitaram quatro inquéritos e quatro ações penais.
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Moraes foi absolvido em duas das ações, as outras duas vão ser julgadas. Uma da ações trata da ilegalidade na contratação de servidores quando era prefeito de Santa Cruz do Sul, a outra é relacionada à despesas de um telefone que Moraes havia mandado instalar na casa do pai, e que era utilizado em ligações para disque-sexo, e as contas eram pagas pela prefeitura. O relator da ação o ministro Eros Grau, com pedido de condenação da Procuradoria Geral da República.
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Os documentos que acompanharam a denúncia comprovaram, também, que o terminal instalado na casa do pai do denunciado foi utilizado para inúmeras ligações particulares, inclusive, para outros países, tais como Guiné Bissau, Moldávia, São Tomé e Príncipe, e números de ‘conhecido conteúdo pornográfico’”, diz trecho das alegações finais do MPF.
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Moraes alega que não morava, e que seu pai também não morava mais na casa onde tinha o telefone, que era público. A prefeitura pagava e depois a comunidade ressarcia, e assim não poderia responder se tinha ou não ligações internacionais ou para disque-sexo.
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Segundo reportagem de 2008 da revista Veja, em 1987 Moraes e sua mulher, Kelly (Neiva Teresinha Marques-Kelly Moraes nome adotado para política??), foram denunciados por lenocínio, favorecimento de prostituição e receptação de joias roubadas. O casal seria proprietário da Boate Strattus 86 e manteria uma casa onde, segundo a denúncia, moravam garotas de programa, inclusive menores. À época, ele foi expulso do PMDB e quase teve o mandato de vereador cassado. Em 1990, o casal foi condenado em primeira instância a três anos e seis meses de prisão por favorecimento de prostituição. Sete anos depois, a sentença foi cancelada.
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Kelly Moraes, deputada em 2006, apresentou em dois anos de mandato, 5 proposições, uma delas incluía no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Rio Grande do Sul, a ”Festa das Cucas”, realizada no Município de Santa Cruz do Sul, onde hoje é a prefeita, eleita em 2008 com 37.385 votos, 50,77% dos votos válidos.
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Quem está preocupado com a ética, ela que se lixe!

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