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20 de abr. de 2009

Tragédia em Novo Hamburgo - empresária vai ser submetidada à exame psiquiátrico

Roselani Radaelli Picinini D’Ávila, permanece internada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, sob custódia da polícia. Ela é protagonista de uma tragédia que chocou Novo Hamburgo e todos os gaúchos. Ela decidiu matar o marido, Flávio Machado D´ávila, 54 anos, a irmã Rosângela Radaelli Picinini de Freitas, 45 anos, e a sobrinha Maria Francisca de Freitas, seis anos, para, segundo seu depoimento, evitar sofrimentos por conta da crise financeira em que a família se encontrava.
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O advogado das empresas, Carlos Henrique D´Ávila e a família da empresária, receberam a explicação de uma médica psiquiátrica, que Roselani se encontra em um surto psicótico. Autuada em flagrante pelo triplo homicídio, a empresária se recupera dos cortes que teria feito contra si mesmo na tentativa de cometer o suicídio. Com pontos no pescoço e um dreno no abdômen, o estado de saúde dela é considerado estável.

Um exame psiquiátrico providenciado para esta semana definirá o destino da empresária, assim que tiver alta do Hospital Municipal onde está internada desde quarta-feira, em Novo Hamburgo. Roselani pode ser levada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier ou ao Instituto Psiquiátrico Forense.

O promotor de Justiça do Tribunal do Júri de Novo Hamburgo, Eugênio Paes Amorim, considera que este é um dos casos mais graves que Novo Hamburgo já presenciou e o mais grave em que ele trabalhou.

— Ela pode até ter problemas psiquiátricos, mas o problema que ela sofre é que ela é extremamente materialista. Teve uma infância muito pobre e cresceu na vida financeiramente, não aceitava viver se dinheiro. Isso, no meu juízo, pode até levar a um problema psiquiátrico, mas não a insanidade total, completou ele.

Além da prisão preventiva, o promotor já tomou outras duas decisões para se antecipar aos fatos. Uma delas é um pedido de DNA para excluir a possibilidade de que Maria Francisca seja filha de Flávio com Rosângela. Oficialmente, a menina é filha de Rosângela com o médico obstetra José de Freitas Filho que estavam separados.
O advogado Carlos Henrique destacou que mesmo que o estado de saúde dela esteja bom, ela só poderá sair do hospital depois de um laudo psiquiátrico, isso é uma questão judicial. Ela precisa das duas altas.

Enquanto isto, Roselani permanece com as duas mãos amarradas ao leito, proibida de receber visitas, apenas o advogado, e a sociedade de Novo Hamburgo aguarda o desenrolar deste bárbaro crime.
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