Meu céu escureceu,
Não é noite ainda.
Os gritos que ouvia, silenciaram
Apenas gemidos
Que não são de amor,
Dor.
Limita-me as paredes, as palavras
A escrita que libertava-me
Aprisiona-me à tela escura.
Impura.
Dura.
Tenho pressa, não acho a rima
Meu tempo expira
Alegra-me a alma doces lembranças
Que a fumaça encobre.
É hora, ore.
Minhas incertezas somem.
Convicta assino o tema,
Tão certa do fim
Este é meu testamento
Tão certa da morte,
Deixarei meu destino, por conta,
Da sorte.
Poema escrito por Um Hagid, ou Sarah Sallib seu nome de batismo, que adotou, seguindo a tradição, "Um Hagid" que significa a mãe de Hagid, em homenagem ao filho de 9 anos morto dia 26 de dezembro de 2008, nos primeiros ataques de Israel à Gaza. Sarah enviou-o por e-mail a George Sallib, seu irmão residente aqui no Brasil, que me auxiliou na tradução. De Sarah, George não teve mais notícias, e considera pelo tom desesperançado da mensagem, que ela já faz parte das listas das morgues palestinas.
"Perdoe-me se a tradução não ficou perfeita, pois foi feita ao meio de muita emoção. George."
4 comentários:
Gracias por tu visita y te deseo un Feliz 2009!!!
Gracias Inés, Feliz 2009 para ti también!
Le monde précis savoir que nos frères meurent par rien !
We cry by Palestine.
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