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1 de jan. de 2009

Cuba, 50 anos nas mãos dos Castros


Há exatos 50 anos Fidel Castro, um dos líderes da Revolução Cubana, assumia o poder
na ilha hoje comandada, por sucessão, pelo seu irmão Raúl Castro. Com uma pequena nota no diário do Partido Comunista, ele saudou a população dizendo:
_Como em pouca horas comemoraremos os 50 anos do Triunfo, felicito o nosso povo heróico.

O diário publicou ainda uma fotografia em branco e preto de Fidel Castro anunciando há quase meio século a queda do governo do ditador Fulgêncio Batista, em uma praça em Santiago de Cuba.

Junto a ele aparece seu irmão Raúl Castro, hoje um general de 77 anos, que o substituiu no início de 2008 na presidência com a promessa de preservar o socialismo e melhorar a baixa qualidade de vida dos cubanos.

Mas o povo cubano têm motivos para comemorar esta data?

Das notícias que vêm da ilha, fora das oficiais do governo, o que se sabe é que o povo cubano, em sua grande maioria, não aguenta mais o regime castrista que nos últimos anos, principalmente depois extinção da União Soviética, deixou a população em um estado calamitoso, a pobreza tomando conta da ilha de Fidel, a repressão cada vez mais forte, a perseguição política desenfreada, a saúde um caos e a miséria se esparramando pelos quatro cantos da ilha.

Pelo mundo afora, simpatizantes da causa, relembram a data como um marco histórico. Mas eles não estão lá para sentir na pele, que a esperança do povo já morreu faz anos. Há 50 anos os guerrilheiros desceram a Sierra Maestra para tomar conta de um país, que vive como se estivesse na década de 50.

As notícias que correm o mundo, de programas sociais que protegem a popu
lação mais carente, do ensino que abrange de forma gratuita as camadas mais pobres da população, a saúde que atende de graça até em casos de cirurgia plástica, levaram Cuba a ter o conceito de uma sociedade igualitária, com indicadores superiores a de países ricos, o que nos relatos do povo cubano, não descreve com fidelidade a realidade da ilha.
As prisões estão cheias daqueles que resolveram discordar ou defender ideias contrárias ao regime. Nos hospitais faltam medicamentos básicos. O ensino, as crianças aprendem o que o partido quer que elas aprendam, e a pobreza cresce a cada ano que passa.

Entre os dois discursos, estão os cubanos, que neste dia 1º de janeiro, têm a data mais importante para seu país, festejada ou não, são cinquenta anos de poder dos Castros, donos de Cuba.

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