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17 de mar. de 2009

Duplicação da BR-392

A novela não acabou, BR-392 ainda está no discurso do superintendente do DNIT Vladimir Casa. Em outubro de 2008 ele fazia declarações de que bastava uma ordem de serviço do governo para as obras iniciarem.
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Segunda-feira(16) ele repetiu o mesmo texto, as obras podem começar imediatamente, basta o governo federal dar o aval.
Segundo Casa, em coletiva de imprensa concedida no Campus I da UCPel, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está pronto para dar início à duplicação da BR-392, estrada que liga Rio Grande a Pelotas. Ele explicou que a liberação do empreendimento cabe apenas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Ministério dos Transportes. "O Dnit está pronto, mas precisamos receber a liberação por parte do governo federal. Na verdade, o trabalho já vem sendo desenvolvido há mais de um ano, através do cadastro das propriedades que serão atingidas e através do programa ambiental previsto para o ecossistema da região".
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O projeto prevê a desapropriação de cerca de 220 propriedades. Para tanto, o governo federal dispõe de R$ 5 milhões dos R$ 92 milhões já empenhados. O restante será pago às empreiteiras paranaenses Ivaí e Triunfo, responsáveis pela execução do projeto técnico da obra.
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Com relação a participação da Ecosul, o superintendente do Dnit declarou que a concessionária foi contatada, mas garante que a obra prevê apenas a construção de uma nova pista, cabendo à empresa privada a manutenção e sinalização da atual estrada. "Claro que a construção de alguns retornos e viadutos atingirá a pista antiga. Mas a responsabilidade segue da Ecosul".
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Na verdade, a BR-392 vai ficar na espera da boa vontade do Planalto, podendo servir de manobra eleitoreira da presidenciável ministra Dilma, ela prometeu a duplicação. Esta forma de conseguir votos, e muito conhecida no país, principalmente quando o recurso financeiro envolvido é público.

Um comentário:

Vagner Castro disse...

Venho aqui, como engenheiro civil, da Triunfo SA, prestar minha solidariedade a seu blog, contribuindo com o primeiro comentário deste post.

Para quem está na platéia, dar pitacos é a função principal. Mas a informação que lhe faltou antes deste post é que a obra começou muito antes de a primeira máquina tocar na BR.

Uma obra desta monta, demanda meses de projeto, insaio de solo, prospeção e molde de corpos de prova.

Além de que na região do banhado do São Gonçalo tivemos de desenvolver tecnologia de percolação d'agua para vencer a camada de 15m de lama bentonítica, que inviabilizava a duplicação dos pontilhões, uma vez que a sobrecarga de um aterro unilateral, causaria adensamento assimétrico em relação à via já existente podendo formar crateras inesperadas.

Portanto, saiba que não é apenas um estalar de dedos para que as obras surjam.

Atenciosamente,
Eng. Vagner C. Oliveira