Qualidade da água

Esgoto, escoadouro aonde vão ter as águas servidas e dejetos das casas, que por sua vez seguem para os coletores públicos que desembocam em coletores gerais, que convergem para as estações de recalque e para as usinas elevatórias, seguindo para as lagoas de estabilização (aqueles locais de mal-cheiro constante, como o que existe ao lado da rodoviária de Pelotas) onde são tratados por um processo natural com bactérias e algas que decompõem a matéria orgânica. Ou, seguem para as unidades de tratamento anaeróbico onde se processa uma reação biológica em cadeia, decompondo e estabilizando a matéria orgânica.

Este é o trajeto que faz, ou deveria fazer o seu cocô quando você puxa a descarga do vaso sanitário. Deveria, porque em nossa cidade das 90 mil economias, apenas 65% são servidas de rede de esgoto, e apenas uma pequena parte deste esgoto é tratado. O corpo receptor dos esgotos “in natura” da cidade de Pelotas é o canal São Gonçalo. A cidade situa-se em sua margem e os cursos de água que a cortam dirigem-se para este canal. Este canal liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim.

Boa parte deste esgoto “in natura” segue em direção das praias do Laranjal, que teve recentemente 15 mil metros de redes de esgotos inaugurados atingindo 1200 residências, mas servindo apenas 10% porque o restante das residências não pediu ligação de esgoto. As casas não ligadas à rede de esgoto, utilizam os sistemas de fossas sépticas, que por sua vez aumentam a carga orgânica e o índice bacteriológico dos efluentes, contaminando o lençol freático e provocando, junto com o esgoto que é despejado no São Gonçalo, a poluição da praia.

A foto mostra um dos cursos de água da cidade, despejando esgoto “in natura” no canal São Gonçalo.

Nos últimos testes de balneabilidade na Praia do Laranjal todos os seis pontos destinados a banho estão com índices excelentes de balneabilidade. Você acredita nisto?