Os cerca de cinco mil professores reunidos em assembleia geral nesta quarta-feira, aprovaram a entrada da categoria em greve a partir do dia 15 de dezembro, quando a Assembleia Legislativa deverá votar mudanças na carreira do servidores públicos.
A categoria exige a retirada da Assembleia Legislativa do projeto encaminhado pelo governo de Valorização do Funcionário Público. Ficou decidido também na assembleia que professores e servidores de outras áreas farão um acampamento na Praça da Matriz, na terça-feira, para pressionar a retirada da matéria do Legislativo.
De acordo com Rejane Oliveira, residente do Cpers, a proposta da governadora Yeda Crusius retira alguns dos principais direitos adquiridos pela categoria. Rejane critica o projeto, que prevê a troca do atual plano de carreira dos professores do Estado por um sistema de avaliação em que são levados em conta o ensino de forma geral nas escolas – incluindo material pedagógico e estrutura dos colégios.
-"A governadora quer colocar nos ombros do trabalhador uma falha causada por falta de investimentos do Estado", declarou Rejane durante a assembléia.
O Cpers critica ainda a proposta de reajuste completivo - que completa o valor do salário até o mínimo, ao invés de incindir sobre o básico – e a mudança no projeto de lei complementar que retira direitos como triênios e licença-prêmio.
Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, a greve efetivamente irá acontecer a partir da próxima terça-feira. Caso o governo arquive os projetos, uma nova assembleia da categoria será convocada a partir do dia 15 para avaliar se a paralisação terá continuidade ou não.
Ainda segundo o Cpers, é política da instituição recuperar todos os dias letivos parados. Não é possível precisar o final do ano letivo das escolas estaduais pois diversos municípios tiveram férias coletivas de inverno prolongadas devido a epidemia de Gripe A que atingiu o Estado. Por este motivo há diversas escolas que terminarão as aulas em dias diferentes.
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