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20 de dez. de 2009

Ficha Limpa vai passar o Natal na gaveta dos deputados


O último prêmio da Mega-Sena em 2009, que será sorteado em 31 de dezembro, pode pagar até R$ 100 milhões. É muito dinheiro? Pois saibam que em 2005, quando pariram o mensalão, os deputados do PT, PP, PMDB, PTB e PL mais os diretórios regionais do PT, publicitários, tesoureiros, amigos e familiares desta cambada toda, embolsaram mais de R$ 55 milhões em dinheiro de corrupção e compra de votos. Na época, todos indicaram Marcos Valério com o progenitor do Mensalão no Brasil, mas o verdadeiro pai era o ministro da Casa Civil José Dirceu, a mãe todo mundo sabe, é a dona IMPUNIDADE.

Desta união nasceram os filhos da pu... digo, da propina, Deputado João Paulo Cunha, (PT-SP) R$ 200 mil, Deputado Paulo Rocha (PT-PA) R$ 920 mil, Deputado João Magno (PT-MG) R$ 350 mil, Deputado Vadão Gomes (PP-SP) R$ 3,7 milhões, Deputado Josias Gomes (PT-BA) R$ 100 mil, Deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) R$ 350 mil, Deputado Professor Luizinho (PT-SP) R$ 20 mil, Deputado José Borba (PMDB-PR) R$ 2,1 milhões, Deputado José Janene (PP-PR) R$ 4,1 milhões, Deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ) R$ 400 mil, Valdemar Costa Neto (PL-SP) R$ 10,8 milhões, Diretório nacional do PT R$ 4,9 milhões, Diretório do PT no Distrito Federal R$ 605 mil, Diretório do PT no Rio Grande do Sul R$ 1,2 milhão, Diretório do PT no Rio de Janeiro R$ 2,67 milhões, Diretório do PT em Santa Catarina R$ 550 mil, Zilmar Fernandes da Silveira (sócia do publicitário do PT Duda Mendonça) R$ 500 mil, Outros ligados a Duda Mendonça R$ 15 milhões, Deputado estadual José Nobre Guimarães (CE) (irmão do ex-Presidente do PT José Genuíno) R$ 250 mil, Emerson Palmieri (tesoureiro não oficial do PTB) R$ 2,4 milhões, José Carlos Martinez (ex-Presidente do PTB morto em acidente aéreo) R$ 1 milhão, Outro deputado do PTB R$ 418 mil, Márcio Lacerda (Secretário-executivo do Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes) R$ 1 milhão. Seus nomes foram conhecidos depois que Roberto Jefferson jogou a merda no ventilador e Simone Vasconcelos dedurou a turma.

O resto da história todo mundo sabe, virou pizza. Silvio Pereira deixou a secretaria-geral do PT, José Adalberto Vieira da Silva, assessor do PT, deixou de usar cuecas, José Genoino demitiu-se da presidência do PT, Jefferson pagou o pato e foi cassado (os outros 17 deputados não foram cassados), Delúbio Soares foi expulso do PT, e Zé Dirceu perdeu o mandato, mas não perdeu o poder de influência sobre as decisões no Planalto, ele é amigo do “Homê”.

Não podemos esquecer de Maurício Marinho, o homem do Correio, aquele que originou toda a investigação. Ele virou Diácono de uma Igreja Evangélica em Brasília, onde sua experiência de fazer aparecer dinheiro do nada, trouxe muita prosperidade à religião.

Quando o povo brasileiro havia engolido, mas não digerido a massa desta indigesta pizza, outro não menos sórdido esquema surgiu em terras do planalto central. Desta vez a sigla era outra, mas a safadeza era a mesma. Desta vez empurraram goela abaixo do povo uma dúzia de Panetones, só para variar o cardápio. O cabeça é o governador José Roberto Arruda (DEM). O ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, foi o dedo duro da vez.

A investigação do esquema levou aos nomes dos deputados distritais Leonardo Prudente (DEM), Eurides Britto da Silva (PMDB), Rogério Ulisses Telles de Mello (PSB), Marcos Dias, conhecido como Pedro do Ovo (PRP), o empresário Gilberto Lucena, dono da empresa Linknet, José Geraldo Maciel, chefe da Casa Civil de Arruda e do ex-senador, vice de Arruda, Paulo Octavio.

O valor até agora declarado pela PF é bem menor que o do Mensalão do PT, mas não deixa de ser podre como foi o Mensalão do Zé Dirceu.

O pior de tudo isto, é que boa parte desta corja estará apta a concorrer em eleições futuras mesmo com suas fichas sujas. Para evitar isto, em 29 de setembro, o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, o Projeto de Lei de iniciativa popular, junto com 1 milhão e 300 mil assinaturas o que corresponde à participação de 1% do eleitorado brasileiro.

O PL já foi protocolado na mesa da Câmara e iniciou seu processo de tramitação na Casa, que será acompanhado de perto pelo MCCE.

A iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) em lançar essa Campanha surgiu de uma necessidade expressa na própria Constituição Federal de 1988, que determina a inclusão de novos critérios de inelegibilidades, considerando a vida pregressa dos candidatos. Assim, quando aprovado, o Projeto de Lei de iniciativa popular vai alterar a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, já existente, chamada Lei das Inelegibilidades.

Faça a sua parte, junte-se as pessoas que querem o  bem do BRASIL, acesse o site do MCCE e saiba mais sobre o Projeto de Lei que os líderes dos partidos até agora teimam em não levar para a pauta de tramitação da casa, mesmo sendo a vontade daqueles que os elegeram.

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