Diante de um estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o tema que norteia a campanha petista é a desigualdade social. Durante comício em Teresina (PI) nesta quarta-feira (13), tanto a candidata Dilma Rousseff quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursaram a favor da redução da pobreza. Ambos atacaram o governo FHC e fizeram comparações entre ricos e pobres, esquecendo que foi Lula quem ditou as regras nos últimos 8 anos, tempo suficiente para implementar políticas de erradicação da miséria que só aparecem em discursos.
“Não entreguem o nosso país a quem não tem compromisso com o povo pobre. Quando criei o Bolsa Família, os de lá diziam que era esmola. Eles não têm noção do que significa 100 reais para pobre. É o valor que eles dão de gorjeta quando tomam uísque”, insinuou Lula, esquecendo de dizer que ele como governante gastou mais no AEROLULA ( US$ 46 milhoes) do que investiu em saneamento em 2004.
O presidente também partiu para o ataque contra os senadores Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC), que não conseguiram se reeleger no estado: “Quero agradecer os votos que vocês deram a eles. Essa gente foi do mal com o povo pobre. Disse a eles nas eleições que teriam o troco”.
Assim como Lula, a candidata petista criticou o governo FHC ao falar do desequilíbrio entre os estados: “Eu dei contribuição para que a desigualdade que existia no país mudasse. Havia regiões e estados que não recebiam nada. Com o presidente Lula isso mudou”. Mudou como? No Piauí nada mudou.
Para agradar os piauienses, a ex-ministra prometeu sanar carências no estado, como falta de luz, água, moradia e escola, coisa que Lula teve tempo suficiente para sanar mas não o fêz. Dilma usou o mesmo discurso adotado em seu programa de televisão, dizendo que seu eventual governo seria para pessoas e não para cimento e tijolo.
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