Autores: Evandro Bocão, Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Artur das Ferragens
Vibra, oh, minha Vila
A sua alma tem negra vocação
Somos a pura raiz do samba
Bate meu peito à sua pulsação
Incorpora outra vez Kizomba e segue na missão
Tambor africano ecoando, solo feiticeiro
Na cor da pele, o negro
Fogo aos olhos que invadem
Pra quem é de lá
Forja o orgulho, chama pra lutar
Reina ginga ê matamba, vem ver a lua de Luanda nos guiar
Reina ginga ê matamba, negra de Zambi, sua terra é seu altar
Somos cultura que embarca
Navio negreiro, correntes da escravidão
Temos o sangue de Angola
Correndo na veia, luta e libertação
A saga de ancestrais
Que por aqui perpetuou
A fé, os rituais, um elo de amor
Pelos terreiros (dança, jongo, capoeira) ,
Nascia o samba (ao sabor de um chorinho)
Tia Ciata embalou
Com braços de violões e cavaquinhos a tocar
Nesse cortejo (a herança verdadeira)
A nossa Vila (agradece com carinho)
Viva o povo de Angola e o negro Rei Martinho
Semba de lá, que eu sambo de cá
Já clareou o dia de paz (bis)
Vai ressoar o canto livre
Nos meus tambores, o sonho vive
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