Da Agência Estado: O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira, 30, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória (MP) que fixa o salário mínimo em R$ 540 para 2011. Ele salientou que a definição desse valor é positiva para economia porque evita um aumento muito forte no déficit da Previdência e, ao mesmo tempo, preserva o poder de compra do piso salarial do País que, segundo Mantega, teve o maior crescimento da história nos últimos oito anos. "Com um mínimo de R$ 540, não teremos pressão tão grande na Previdência, o que ajuda no equilíbrio fiscal."
Em relação a um possível impacto de um reajuste menor do salário mínimo (do que ocorreu nos outros anos) na inflação, Mantega preferiu dizer que em 2011 haverá uma redução no nível de atividade da economia brasileira, o que naturalmente já ajuda a controlar a inflação. Ele destacou que a inflação "nunca saiu do controle" e que tem oscilações sazonais, puxadas por commodities e alimentos. Segundo ele, se descontar o impacto dos alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação neste ano ficaria abaixo de 5%. "Para o próximo ano, a inflação estará controlada".
O reajuste, segundo o Dieese, interrompe a política de valorização do piso nacional, pois representaria uma queda real de 0,55% ao levar em consideração a variação do indexador oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). "Seria mais adequado um aumento real ao redor de 4%, que significaria levar o mínimo para um patamar entre R$ 550 a R$ 560 no ano que vem", comentou o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.
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