2004 um ano para ser esquecido

Piva, Jorginho, Edison Santos, Cabral e Márcio Silveira; Fabiano, João Grigoletti, Jéfersom e Itamar; Ígor e Serjão.

Essa foi a equipe que jogou os últimos 90 minutos na séria "A" gaúcha. O treinador era Alcir Silva. O estádio era o Vermelhão da Serra em Passo Fundo. O adversário era o Passo Fundo. O resultado, 2X1 para o Passo Fundo.

Era dia 30 de maio de 2004, os jogadores prometiam total empenho em conseguir uma vitória. Na vigésima sexta rodada, o Pelotas tinha um retrospecto vergonhoso, não havia ganho uma partida durante todo o campeonato. Eram 13 derrotas e 12 empates, a torcida envergonhada, tinha enrolado as bandeiras e guardado as camisas no armário. Todos já sabiam que uma vez na segunda divisão, voltar a primeira, seria uma tarefa ardúa e sofrida, como esta sendo até hoje.

O jogo foi igual a outros tantos, o Pelotas com domínio do campo, com oportunidades de gol, mas como sempre desperdiçando. Foram mais de 8 chances de gols desperdiçadas só no primeiro tempo, mais 6 no segundo e apenas um gol, que não servia para nada já que o Passo Fundo havia feito 2.

Final de jogo, 26 rodadas, 14 derrotas, 13 empates, segunda divisão.Fazem 4 anos, 5 meses, 14 dias e 3 horas. E o Lobo, agora centenário, ainda tem uma longa jornada pela frente.

Mudaram os diretores, presidentes, empresários, parcerias e nada. Apenas discursos e explicações.

Dois meses e doze dias depois daquela data fatídica, o eterno rival áureo-ceruleo, há seis anos sofrendo na 2ª divisão, sagrava-se campeão e, tomava o lugar que até então era ocupado pelo time da Av. Bento Gonçalves.

O ano era 2004, duro para os torcedores do Pelotas, repleto de alegrias para os torcedores do Brasil e Farropilha. O acordar daquela sexta-feira 13, de Agosto de 2004, era como acordar e continuar dentro de um sonho para os Xavantes. Mas para os áureo-ceruleos era acordar e viver um pesadelo que já dura quatro anos.