A contraproposta da representação sindical dos trabalhadores dos Correios foi rejeitada pela empresa nesta sexta-feira (23). A companhia considera que a proposta "está acima das possibilidades orçamentárias da empresa e inviabilizaria a sustentabilidade da ECT", segundo nota da empresa. Os trabalhadores pediam reposição da inflação de 7,16%, reposição das perdas salariais de 24.76%, de 1994 à 2010, além de outras reivindicações, como aumento linear de R$ 200 e não desconto dos dias parados em decorrência da greve.
"A contraproposta tem impacto de R$ 4,3 bilhões na folha de pagamento -- representa um acréscimo de 70% no custo anual da folha. Os índices reivindicados elevariam a despesa com pessoal para 80% do orçamento da empresa", defendeu a empresa.
De acordo com os Correios, 15 mil grevistas já voltaram ao trabalho -- o que corresponde a 44% dos profissionais que haviam aderido à paralisação. O índice de adesão nacional divulgado pela empresa nesta sexta-feira é de 18%, com 19 mil empregados parados.
"Com 82% do efetivo total em atividade, os Correios trabalham para manter a entrega de correspondência em dia, e 65% da carga segue no prazo. Neste final de semana, mais um mutirão nacional será realizado pelos empregados da empresa, com objetivo de manter esse índice", diz a nota.
Na noite de quinta-feira, a empresa reapresentou a proposta feita antes do início da paralisação e pediu aos trabalhadores que retornassem às atividades e retomassem o diálogo. A proposta inclui reajuste de 6,87% sobre o salário e os benefícios, R$ 50 de aumento linear a partir de janeiro de 2012 (um aumento de 13% para 60% dos trabalhadores) e R$ 800 de abono.
Os Correios informam que estão contratando de forma imediata 6.074 novos empregados, sendo 5.060 carteiros e 1.014 operadores de triagem em transbordo, aprovados no concurso público realizado em maio.(Globo.com)
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