Vara feita de bambu, uma lata de massa de tomate com um punhado de minhocas, uma mochila com pão e café amarrada ao bagageiro da bicicleta barraforte. Lá vai Seu Chico, oito e meia da manhã pedalando a favor do vento com seu velho boné já sem cor de tanto sol. Seu destino naquele sábado era as margens do Arroio Pelotas, lá na Galatéia ou Cotovelo como é conhecido o local. As margens do arroio nas clareiras abertas pelos pescadores de fim-de-semana, Seu Chico têm nos barrancos do Pelotas, um local para sentar e relaxar enquanto a linha amarrada a uma velha rolha corta as águas à procura de um lambari de qualquer tamanho somente para satisfazer o ego do pescador.
-É minha distração - diz ele - antes eu vinha no "fuca", mas depois que a ponte quebrou não vale a pena.
Quando ia de carro, seu Chico nunca voltava sem peixe para casa. Dali até a Colônia Z-3 são apenas uns 6 km, e na falta de pesca no arroio, uma esticadinha até a Z-3 proporcionava uma garantida fiada de peixes.
- Uma vez em fui pescar no cotovelo e passei a manhã inteira se fisgar nada. Para não voltar sem nada, eu fui lá na Z-3 e comprei umas tainhas. Eu cheguei em casa, o meu cunhado tava lá e quando ele viu os peixes começou a rir. A patroa que não é boba, ficou desconfiada e queria saber porque ele estava rindo e o filho da mãe disse que para pescar aqueles peixes eu tinha que ter ido lá no cassino. Daí em diante ela começou ir junto nas pescarias e fazia questão de buscar um camarãozinho na Z-3 junto comigo.
Agora para passar de carro na ponte o motorista tem que ter um espírito aventureiro. Pelo descaso da administração pública, a velha ponte está caindo aos pedaços, quando um caminhão passa, a ponte balança de tal forma que chega provocar ondas nas águas tranquilas do arroio. Não é só o Seu Chico, mas muitos outros moradores das rendondezas estão privados deste passeio. Para chegar até a Colônia Z-3, é preciso fazer uma volta de mais de 8 km pelas praias do Laranjal.
Seu Chico é aposentado do DEPREC, mora no Vasco Pires e gosta de pescar e conversar. Para não dizer que isto tudo é história de pescador ele pede para assistir o vídeo.
-É minha distração - diz ele - antes eu vinha no "fuca", mas depois que a ponte quebrou não vale a pena.
Quando ia de carro, seu Chico nunca voltava sem peixe para casa. Dali até a Colônia Z-3 são apenas uns 6 km, e na falta de pesca no arroio, uma esticadinha até a Z-3 proporcionava uma garantida fiada de peixes.
- Uma vez em fui pescar no cotovelo e passei a manhã inteira se fisgar nada. Para não voltar sem nada, eu fui lá na Z-3 e comprei umas tainhas. Eu cheguei em casa, o meu cunhado tava lá e quando ele viu os peixes começou a rir. A patroa que não é boba, ficou desconfiada e queria saber porque ele estava rindo e o filho da mãe disse que para pescar aqueles peixes eu tinha que ter ido lá no cassino. Daí em diante ela começou ir junto nas pescarias e fazia questão de buscar um camarãozinho na Z-3 junto comigo.
Agora para passar de carro na ponte o motorista tem que ter um espírito aventureiro. Pelo descaso da administração pública, a velha ponte está caindo aos pedaços, quando um caminhão passa, a ponte balança de tal forma que chega provocar ondas nas águas tranquilas do arroio. Não é só o Seu Chico, mas muitos outros moradores das rendondezas estão privados deste passeio. Para chegar até a Colônia Z-3, é preciso fazer uma volta de mais de 8 km pelas praias do Laranjal.
Seu Chico é aposentado do DEPREC, mora no Vasco Pires e gosta de pescar e conversar. Para não dizer que isto tudo é história de pescador ele pede para assistir o vídeo.
3 comentários:
Eu moro na Santa Irene e quando ia na praia passava nessa ponte. Agora não passo mais. Na campanha nenhum candidato lebrou da nossa zona. Resultado, a ponte vai cair.
Que lugar lindo. Onde fica e como se chega lá?
Rosa, siga pela Av. João Gomes Nogueira uns 8km após o fim da linha dos onibus do Areal.
Você vai gostar do local.
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